segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Juarez Machado - Le grand cirque 1997


A bendita da menina tá olhando pela janela de novo cacete, a coisinha não presta atenção em mim, tão gostosinha com essa blusa florida, umas flores bonitas coloridas assim, ô mais que cacete ein, assim não dá pra dar aula, como eu vou falar de casemiro de abreu com essa menina me pedindo pra calar a boca dela...na minha...e fica ai de pirraça, olhando pra janela, olhando pro caderno, olhando pro pé, mexendo no cabelo, mordendo o lápis, rasgando a borracha, rasgando a blusa, me pedindo, ai mais que merda, vou pegar essa menina no fim da aula e vou sacudir, onde já se viu não prestar atenção na aula, isso é lá comportamento de uma mocinha bonitinha, floridinha...

(...)
Valsavas:
— Teus belos
Cabelos,
Já soltos,
Revoltos,
Saltavam,
Voavam,
Brincavam
No colo
Que é meu;
E os olhos
Escuros
Tão puros,
Os olhos
Perjuros
Volvias,
Tremias,
Sorrias,
P'ra outro
Não eu!
(...)

- Mas ô professor, esse aí não é do romantismo não?
- E o que foi que eu disse ?
- Realismo...

Cacete.



VOTE LindolfoPires
VOTE LuisBlackPower
VOTE GatoFelix
VOTE Bemtivi
VOTE CarlãoMotorista
VOTE KikodoKlb
VOTE MulherPera
VOTE JoãoSalame
VOTE SuperMoura
VOTE KleberBambam
VOTE ZéGalinha
VOTE Rola
VOTE JohnLennon
VOTE FrankAguiar
VOTE NegaDiaba
VOTE ZédoBode
VOTE LúcioMandioca
VOTE Colesterol
VOTE Dr.X
VOTE Mamãe
VOTE Latinha
VOTE MirodoTáxi
VOTE PapaiNoel
VOTE MárciodoTrombone
VOTE QuemQuem
VOTE Fofinha
VOTE MarcelaChavedeFenda
VOTE GaúchodaCadeiradeRoda
VOTE Lambretão
VOTE Boneca
VOTE NaldinTelevendas
VOTE MariaFacão
VOTE Robin
VOTE ZédoCaixão
VOTE!

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Gustav Klimt - Allee im Park von Schloß Kammer, 1912 [Avenida no parque do palácio de Kammer]


De outros outonos chuvosos
É o limo que sentem os pés descalços
E da névoa que lhe embaralha os olhos
As imagens dos troncos chorosos

A esperança de entrada
Por porta escancarada
Enche-lhe o passo apressado
De ânsia exagerada

Inimigo do tempo
Se faz o enorme corredor
Que na metade dobra
Dobrando também o estupor

E assim
Pela jornada infinita
A buscar sempre a realidade
Fica no sonho a menina perdida
A negar eternidade.


" The gods have not returned. They have never left us. " Ezra Pound - Canto 113

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

My rat

Within this eternal game of cat and rat,

I architect my traps with ease and dexterity of a master,

Bulding with praise every expression of false naivete.


Within this eternal game of cat and rat,

I offer among the most delicious cheeses,

In a platter of illusion and arrogance,

For the famine killed difficult the scape.


Within this eternal game of cat and rat,

I invent new sounds and smells to attract him,

So it could thinks it's the one.


Within this eternal game of cat and rat,

I hunt the rat, bind the rat, laugh of the rat, kill the rat,

And finally spit it out,

Cause after all, I do not like the taste.

domingo, 8 de agosto de 2010

Brevidades

entrou na sala sem vontade. sentou na frente do computador com uma caneca de café quente. checou a quantidade de papel, o calendário, os emails. deu um gole no café morno. marcou reuniões, ligou para o pai, leu o horóscopo do dia. mais um pouco de café gelado. os astros denunciavam a traição do amado, tempo propício pros negócios e uma viagem em breve. no dia seguinte o namorado lhe pediu em casamento, a vaca da lúcia foi promovida e suas férias pra praia grande canceladas.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

do que poderia ter sido, fica só o que é.