segunda-feira, 28 de junho de 2010
Alfinetadas
Isabel de Castela (a Católica) ft Fernando de Aragão (o Católico)
O que lhes sobrava em carolice, lhes faltava em beleza, fato!
sexta-feira, 25 de junho de 2010
Medianidades
- Henrique, pode entrar.. Segunda porta a direita... Isso, no fim do corredor...
- Oi, como vai Henrique? Pode se sentar... Começa me contando o que você faz da vida ok?!
- Sou matador de aluguel.
- Como?! Não entendi...
- Sou matador de aluguel.
- Haha, é do tipo engraçadinho... Vamos começar de novo, você trabalha em que Henrique?
- Sou matador de aluguel.
- Ahhhh entendo. Mas agora me responde o que você faz pra ganhar a vida?
- Sou matador de aluguel.
- Porra garoto, isso aqui é coisa séria, tá de gozação com a minha cara moleque ? Você sabe que se você não passar nesse teste já era né...
- Desculpa doutor.
- Tudo bem...Vamos lá, mais uma vez.. O que você faz da vida?
- Eu trabalho.
- Trabalha em que?
- Ajudo meu pai na oficina.
- Ah certo, certo...
- Pronto, tá aqui seu formulário. Entrega pra Kátia, a moça do balcão, e pode ir embora, passar bem.
- Eai passou?
- Sim.
- Foi difícil?
- Não.
- O que você precisou fazer?
- Mentir.
- Ah...
- Oi, como vai Henrique? Pode se sentar... Começa me contando o que você faz da vida ok?!
- Sou matador de aluguel.
- Como?! Não entendi...
- Sou matador de aluguel.
- Haha, é do tipo engraçadinho... Vamos começar de novo, você trabalha em que Henrique?
- Sou matador de aluguel.
- Ahhhh entendo. Mas agora me responde o que você faz pra ganhar a vida?
- Sou matador de aluguel.
- Porra garoto, isso aqui é coisa séria, tá de gozação com a minha cara moleque ? Você sabe que se você não passar nesse teste já era né...
- Desculpa doutor.
- Tudo bem...Vamos lá, mais uma vez.. O que você faz da vida?
- Eu trabalho.
- Trabalha em que?
- Ajudo meu pai na oficina.
- Ah certo, certo...
- Pronto, tá aqui seu formulário. Entrega pra Kátia, a moça do balcão, e pode ir embora, passar bem.
- Eai passou?
- Sim.
- Foi difícil?
- Não.
- O que você precisou fazer?
- Mentir.
- Ah...
sábado, 19 de junho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Hoje o céu nasceu cor de vinho e os pássaros dormiam nos telhados, enquanto a madrugada terminava sem orvalho.
Hoje o amor foi mesquinho e o diabo de meias ficou em casa dormindo, enquanto as crianças não cresciam.
Hoje a água queimava a pele e o estômago bombeou o sangue, enquanto o coração choramingava.
Hoje ele parou de respirar e a pena perdia a força, enquanto ela dizia adeus.
- Para Pilar del Río.
Hoje o amor foi mesquinho e o diabo de meias ficou em casa dormindo, enquanto as crianças não cresciam.
Hoje a água queimava a pele e o estômago bombeou o sangue, enquanto o coração choramingava.
Hoje ele parou de respirar e a pena perdia a força, enquanto ela dizia adeus.
- Para Pilar del Río.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
Brevidades
Ia andando pela rua vestida de presunção, salto alto e saia de alta costura. Passou pela vendinha da esquina com o nariz pra cima, cabelos presos e impecabilidade. Não viu a pedra, tropeçou e caiu com classe.
- A natureza é simples dona Mariana.
- A natureza é simples dona Mariana.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
segunda-feira, 14 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
Dream Within A Dream - Oren Lavie
The road stretches on from unknown destination
across open streams
through fields of carnations
it enters a city, a building
it stretches ahead
it stops at the feet
the feet of his bed
He's aware of a small inclination
a dream in a dream
he pays no attention
oranges hover and faces all over he knows
is how the dream goes
Caught within a dream within a dream
a man within a man
caught within a thought within a thought
an ocean so deep
he will drown in his sleep
Ths winds whistles lower and the windows are yielding
the telephone rings in the opposite building
a voice with a likable, unrecognizable air
it runs in the walls
it isn't quite there
He's aware of a change in the weather
a dream in a dream
he'll think of it later
a wonderful melody line that he couldn't quite get
he couldn't remember
he'd never forget
Caught within a dream within a dream
a man within a man
caught within a thought within a thought
an ocean so deep
he will drown his sleep
quinta-feira, 3 de junho de 2010
A perfeição estava ali na sua frente, nua, adormecida. Não ousava suspirar, o mínimo movimento poderia priva-lo da melhor contemplação proporcionada a um mortal, sua existência não teria outra razão que não viver esse momento sublime. Tentou congelar o tempo, desafiar a vida e ficar assim para todo o sempre, rindo para dentro sem ruído, sentindo-se tão insignificante perto do corpo que pousava sobre a cama. Da janela entrava o primeiro sol da manhã, silencioso, imponente, senhor da luz. Nada mais queria iluminar a não ser ela, deixando o resto do quarto no esquecimento da penumbra. Mulher da pele mais macia que as verdes pradarias, dos lábios mais vermelhos que as romãs explodindo de supra sumo vermelho, dos cabelos mais cheirosos que a flor ao abrir da primavera, do hálito mais fresco que o orvalho da manhã e todas outras coisas que ele mal conseguia sentir, porque ela era muito mais do que poderia expressar seu pensamento. Ela era assim para ele, a coisa mais perfeita entre todas as outras coisas não tão perfeitas que a natureza havia criado. Ele a queria tanto, que fundir-se o seu corpo não era o suficiente, queria tê-la para sempre dentro de si, porque era assim, como conseguir um pedaço exclusivo do céu, e nada mais precisaria para viver feliz até a eternidade. Ela seria sua fonte de completude, dela ele conseguiria o alimento para fazer do seu corpo o mais viril, da sua mente a mais sábia e do seu coração o mais tranquilo de todos. Um desejo de nutri-la com seu calor de humano o tomou por inteiro, mas como poderia proporcionar à mais fantásticas das criaturas algo de reconfortante se ele mesmo não passava de vida pálida e sem sabor? Foi assim que desejou então, que ela o protegesse contra todo os ventos contrários que existiam pra fora daquele quarto.
(...)
Aproximou-se silenciosamente dela, como um sopro brando, abriu-lhe as alvas pernas com delicadeza e a fez engoli-lo por inteiro. Alojou-se no ventre da amada como um parasita apaixonado. Nove meses depois nasceu. Abriu os olhos do corpo recém emprestado. Amou-a como nunca, mas não reconheceu sua deusa.
(...)
Aproximou-se silenciosamente dela, como um sopro brando, abriu-lhe as alvas pernas com delicadeza e a fez engoli-lo por inteiro. Alojou-se no ventre da amada como um parasita apaixonado. Nove meses depois nasceu. Abriu os olhos do corpo recém emprestado. Amou-a como nunca, mas não reconheceu sua deusa.
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